A
produção em série que transformou a indústria no início do século XX é
empregada até hoje, mas será que se aplica às empresas de serviços de
contabilidade?
As
empresas prestadoras de serviços de contabilidade têm capacidade de ofertar
diversos serviços, inclusive consultoria empresarial, além dos imprescindíveis
para todas elas: escrituração da contabilidade, escrita fiscal, departamento de
pessoal e legalização de empresas.
Na
atualidade, a forma tradicional de execução das tarefas é a personalização aos
clientes, porém com o uso maciço das tecnologias disponíveis. Os empresários da
contabilidade desconectados, que não acompanham o avanço tecnológico, acabam
por prestar serviços de forma artesanal. Tal deficiência encarece os custos de
execução, derruba a rentabilidade e eleva, muitas vezes, o preço.
É
possível trabalhar com serviços de contabilidade em série? É comum pensar que
esta relação de produção é coisa do passado, mas engana-se quem pensa assim. O
trabalho em série teve início antes de Henry Ford implantá-lo em sua empresa,
mas foi com ele, a partir de 1913, que houve a grande disseminação por todo o
mundo. Claro que muitas melhorias foram introduzidas, especialmente para evitar
a robotização das pessoas, como ficou evidenciado no filme “Tempos Modernos”
com Charles Chaplin.
A
produção em série alcança grandes benefícios na redução dos custos e dos
defeitos, pois é a especialização da mão de obra pela repetição de uma
determinada função.
Nesta
última semana, em mais uma viagem de reunião da Comissão de Precificação dos
Serviços Contábeis (Copsec), visitei três empresas de contabilidade e uma delas
adota o sistema de trabalho de produção em série, também chamada de linha de
produção. A metodologia é utilizada há mais de cinco anos e os proprietários,
satisfeitos com o resultado, destacaram os seguintes benefícios como os principais:
redução do custo da mão de obra, facilidade de treinar os colaboradores para as
novas funções e maximização da rentabilidade.
Se
esta é a melhor forma de trabalhar, se os clientes ficam satisfeitos e se é
aplicável em empresas com menos de quinze funcionários não sei responder. No
entanto foi algo diferente que conheci e compartilho para propor a reflexão.
Qual é a sua opinião sobre o assunto?
Gilmar Duarte da Silva é
empresário contábil, palestrante e autor do livro "Honorários contábeis.
Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado".
Tags: linha de produção, massa, Henry Ford, contabilidade, Copsec
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