domingo, 28 de abril de 2013

Estratégia bem feita poupa esforços desnecessários e otimiza o tempo


O esforço é um ingrediente para a execução de uma tarefa, mas a estratégia utilizada poderá reduzi-lo significativamente, facilitando a conquista do sucesso, inclusive financeiro.

A importância do tempo em nossa vida é o tema que mais me agrada falar e escrever, o que naturalmente inclui o tempo aplicado no trabalho, muitas vezes mal aproveitado e motivo de estresses desnecessários que podem até desencadear a depressão.

Nesta semana participei de uma excelente palestra com a filósofa Dulce Magalhães, que me trouxe mais subsídios para melhor enxergar o mundo e aproveitar mais a vida, e desejo compartilhá-los com você. Segundo a filósofa, “a vida é feita de dois pontos ligados por uma ponte: o nascimento e a morte.”

O tempo para atravessar uma ponte é muito curto, então é necessário aproveitarmos da melhor forma possível e não nos distrairmos, permitindo que o tempo passe sem que tenhamos feito coisas que consideramos importantes.

Diariamente investimos entre 8 e 12 horas no trabalho e muitas vezes vamos para casa com a sensação de que fizemos pouco. Então levamos serviços para concluir antes de dormir. Será que podemos chamar a isto de investimento do tempo?

Em sua palestra, Dulce Magalhães disse que “estratégia é fazer mais com menos”, mais tarefas com menos tempo. Ou seja, sermos mais produtivos. Claro que ser mais produtivo não significa se matar de trabalhar, pois quem assim procede normalmente não teve boa instrução e ganha pouco mais que o salário mínimo.

O gestor de uma empresa, e aqui quero destacar o gestor de uma empresa de contabilidade, deve ser um estrategista. Na guerra, este papel costuma ser assumido pelo general, e segundo Carl Von Clausewits, o pai do estudo moderno da estratégia, estratégia é o “o emprego de batalhas para obter o fim da guerra.”

Qual é a guerra que um gestor de empresa contábil enfrenta? Em nosso trabalho, a principal delas é obter sucesso financeiro para proporcionar condições de vida melhores para nós e para as pessoas das quais gostamos. O sucesso financeiro vem com a oferta de serviços com qualidade aos clientes. Serviço com qualidade é aquele que atende as expectativas do cliente e proporciona retorno financeiro satisfatório para quem o presta.

A batalha do nosso dia a dia é saber se estamos caminhando para o fim da guerra, ou seja, para conquistar os objetivos traçados. Isso é possível com a implantação de pesquisa de satisfação do cliente, introdução de controles das tarefas para medir a eficiência do tempo aplicado e precificar adequadamente os materiais e tempo investidos.

Já no século VII antes da Era Cristã, o filósofo Lao Tsé (640) afirmava que “saber e não fazer, ainda não é saber.”

Gilmar Duarte da Silva é empresário contábil, palestrante e autor do livro "Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado".
28/04/2013

Tags: tempo, estratégia, sucesso, qualidade, eficiência, precificar

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Crises no mercado e na motivação podem alavancar negócios?


Como está o mercado? Qual é um bom ramo de atividade no qual investir? Ouço essas perguntas com frequência, e muitos questionadores ainda estão em busca de respostas.

Mercado é onde se encontram os consumidores dos produtos e serviços de uma empresa e/ou marca e é regido pela lei da oferta e da procura. A competência certamente é o fator preponderante na sua exploração, mesmo quando há normas rígidas e necessidade de grande investimento de recursos financeiros. Ser grande ou pequeno, mais ou menos competitivo, saturado ou com grande potencial de investimento vai depender do ramo de atividade que se deseja explorar.

A crise que assola o mundo neste início do século 21, primeiro em 2008 nos Estados Unidos com a bolha financeira e agora na Europa, tem desaquecido o mercado e levado à drástica redução do consumo, fazendo com que empresas experimentem quedas no faturamento e balanços com prejuízo.

Essa situação é real para muitos empresários. Mas outros “estão rindo à toa”, como é o caso do jovem empresário Mark Zuckerberg do Facebook, e Márcio Kumruian, da Netshoes, que veem os mercados onde atuam crescendo dia após dia.

As crises geram oportunidades, isto todos nos sabemos, mas nem sempre agimos com esta convicção. Observamos empresários que gastam muito tempo lamentando as dificuldades quando poderiam dedicar-se ao estudo do mercado para buscar novas oportunidades e transformar seus negócios. Transformar não exige, necessariamente, trocar de mercado de atuação ou o ramo de atividade, mas apenas a forma de atuar.

Qualquer negócio de sucesso tem a motivação como fator preponderante, pois quando o desânimo assola uma pessoa ou uma empresa, as dificuldades se tornarão maiores e a resistência, menor. A combinação das dificuldades com a resistência é que definirá o resultado final da sua empresa.

Outro ponto importante é estudar o mercado para conhecê-lo profundamente, impedindo que experiências negativas tomem conta da sua motivação. Devemos nos espelhar nas experiências de sucesso para “oxigenar” as pessoas que nos rodeiam e fazem parte da nossa empresa. Com o espírito animado fica mais fácil enfrentar desafios na conquista de novas fatias do acirrado mercado. “O mais importante é prever para onde os clientes estão indo e chegar lá primeiro”, ensina Kotler.

As crises econômicas e financeiras existem e continuarão a existir, mas não precisam atingir negativamente o seu negócio. Tenho a plena convicção de que podem servir para alavancar sua empresa, marca, produto ou serviço.

Ensei Uejo Neto, num comentário para o portal CaféPoint, resume com muita competência como é possível a sobrevivência no mercado.  Segundo ele, “com o domínio do negócio e profundo conhecimento de seu produto, num movimento coordenado, todos da cadeia produtiva certamente alcançarão bons resultados, pois nenhum de seu elo sobrevive isoladamente.”

Gilmar Duarte da Silva é empresário contábil, palestrante e autor do livro "Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado".

Tags: mercado, crise, oportunidade, investimento, negócio, crescimento

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O controle do tempo dos colaboradores pode maximizar o lucro da empresa?


Conhecer o maior gasto da empresa e implantar controles para maximizar a eficiência é uma das regras no mundo dos negócios. Nas empresas contábeis, o maior custo é a mão de obra. É possível controlá-la com eficiência?

A sobrevivência das pequenas empresas no Brasil cresceu significativamente nos últimos anos. O estudo “Taxas de sobrevivência das empresas no Brasil” realizado pelo Sebrae em outubro de 2011 apontou que 73,1% das empresas que nasceram em 2006 permanecem em atividade. Quem acompanha estes números há mais de 10 anos sabe que houve crescimento exponencial. Pesquisas efetuadas pela mesma entidade apontavam que, após três anos do nascimento, cerca de 65% das empresas permaneciam vivas.

Luiz Barreto, presidente do Sebrae, disse que “a chave do sucesso está no planejamento, no acompanhamento, nas oportunidades de cada momento, e, principalmente, na inovação.”

O acompanhamento é o fator que considero o maior responsável pelo sucesso de qualquer organização. A falta do monitoramento torna impossível aproveitar as oportunidades com segurança, visto que o administrador desconhece a capacidade real da empresa para aproveitar a oportunidade que bate à porta. A falta de acompanhamento periódico também dificulta inovar o produto ou a gestão, justamente pela falta de informações.

O acompanhamento deve ser amplo e passar por todos os departamentos da empresa, como o desenvolvimento do produto, a produção, as finanças e o comercial. Acompanhar não significa “olhar por alto”, “saber aproximadamente” ou “ter uma noção”, mas possuir controles precisos de todas as operações, especialmente as principais, que permitam fazer comparativo permanente com períodos diferentes e, sempre que possível, com outras empresas do mesmo ramo.

É preciso analisar diariamente as informações de quantidade e qualidade da produção, produtos entregues aos clientes, reclamações, fluxo do caixa, rentabilidade geral e por produto, formação dos custos e do preço de venda dos produtos, mercadorias ou serviços, entre tantos outros itens indispensáveis para a boa gestão da empresa que deseja perpetuar.

O controle deve sempre começar pelos valores mais expressivos. Por exemplo: o monitoramento dos gastos de uma empresa de serviços de contabilidade aponta para a mão de obra como o custo mais significativo, normalmente variando entre 40% e 60% do faturamento. Sendo assim, é inócuo começar pelo controle do consumo de água, energia elétrica ou ainda pelo cafezinho, pois o resultado final no balancete será irrelevante. O foco inicial deve ser a implantação do controle que permita observar as tarefas realizadas pelos colaboradores. Identificar os trabalhos que podem e devem ser aperfeiçoados para consumir menor tempo provavelmente trará considerável aumento na rentabilidade.

Observo que a classe empresarial contábil despertou para a necessidade de controlar o tempo em suas atividades e algumas empresas desenvolvedoras de softwares já disponibilizam ferramentas que auxiliam o empresário da contabilidade nesta missão.

Sair na frente com o controle do tempo aplicado em sua empresa pode ser uma estratégia que oportuniza a redução dos custos e consequente maximização da lucratividade, desejo de todo empresário.

Gilmar Duarte da Silva é empresário contábil, palestrante e autor do livro "Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado".

Tags: controle, tempo, gestão, sucesso, contabilidade, eficiência