segunda-feira, 30 de julho de 2012

Indicadores para empresas de contabilidade


Resumo:
"Se você não pode medir algo, você não pode entender.
Se você não pode entender, você não pode controlar.
Se você não pode controlar, você não pode melhorar!"
(Harrington)

Tags: medir, indicador, índices

Qual foi a inflação do ano? Quanto que a aplicação financeira está rendendo? Qual é a cotação do dólar e a taxa de juros para financiamento? E o peso da carga tributária? Necessitamos, diariamente, destas e muitas outras informações para poder tomar decisões acertadas. A gestão de uma empresa contábil não é diferente. Mensurar os processos para compreendê-los possibilita dominá-los e facilita o aperfeiçoamento.

Como tratar as medições para que a compreensão seja mais clara? Um processo amplamente adotado é a padronização de índices e/ou indicadores por atividade. Índice é a relação entre valores e medidas, e indicadores são dados estatísticos relativos a um ou a diversos processos que se deseja controlar. Ambos servem para avaliar situações atuais com anteriores ou, ainda, com outras empresas do mesmo segmento.

A contabilidade trabalha com muitos índices, como, por exemplo, IGE, CCL, LL, ILS, mas a fragilidade do processo aparece quando analisada sua aplicação na gestão da empresa contábil. Praticamente, esta considera apenas faturamento e lucro líquido. Dado esta deficiência, a Comissão de Precificação dos Serviços Contábeis – Sescap/PR (Copsec) aprovou, na reunião de julho deste ano, o estudo que visa definir indicadores e índices que orientarão os empresários contábeis.

Utilizo este artigo para conclamar os empresários da contabilidade a contribuir com sugestões, pois com este trabalho será possível melhorar a execução das tarefas e, consequentemente, a rentabilidade da empresa.

Adianto aqui, para avaliação de todos, alguns índices e indicadores que apresentarei na reunião de agosto/2012:
·                    Índice de Custos Total Colaboradores
ICTC = custo total do colaborador/faturamento

·                    Horas Vendidas por Colaborador
HVC = total de horas vendidas/número colaboradores

·                    Lucro Líquido efetivo
LLe  = lucro líquido apurado/faturamento

·                    Faturamento por Colaborador
FC = faturamento/número de colaboradores

·                    Encargo Social e Trabalhista
EST = somatório dos índices incidentes sobre o salário básico

·                    Índice de Serviços Eventuais
ISE = faturamento eventual/faturamento dos serviços rotineiros
·                    Índice de Gastos Fixos Indiretos
IGFI = Gastos Fixos Indiretos/Faturamento Total

·                    Valor da hora Vendida

Gerenciar sem informações e tomar decisões sem resultados das medidas é como procurar a diferença no balanço sem ter em mãos as fichas razões, ou conciliar uma conta sem o histórico dos lançamentos. Este estudo certamente será um marco em nossa atividade, pois sairemos das trevas para encontrar a luz e enxergar a beleza das cores e a intensidade da gestão das empresas contábeis.

Gilmar Duarte da Silva é autor do livro “Honorários Contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”. Sugestões e críticas sobre este artigo são muito bem-vindas e poderão ser encaminhadas para o endereço gilmarduarte@dygran.com.br

domingo, 22 de julho de 2012

Empresário, a mola que impulsiona a economia

Resumo:
"Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços", diz o artigo 966 do Código Civil Brasileiro. Este profissional organizado que constituiu uma empresa é o mais capacitado para criar e inovar produtos e serviços capazes de atender as necessidades e proporcionar mais conforto para as pessoas.

Tags: empresário, governo, economia, incompetência, emprego.

O governo, muitas vezes eleitoreiro, assume atribuições de natureza empresarial e comete trapalhadas devido à disfunção. Obviamente, a incapacidade proporciona grandes desperdícios. Essa incompetência, presente nas mais diversas esferas, resulta em custo de produção muito mais elevado em relação à iniciativa privada. Os motivos que justificam os altos custos são muitos, mas citamos apenas dois: o nepotismo, que acaba gerando "cabides de empregos" e altos salários; e a incompetência, já mencionada. Além de não saber produzir ou comercializar, o governo ainda permite enormes rombos no caixa.

Em função de posturas assumidas no passado, ainda hoje muitos empresários são vistos pelo governo como sonegadores e pelos empregados como exploradores, infelizmente. Mas será que é justo tratar assim uma categoria que arrecada tantos tributos para a nação, emprega e proporciona tantos benefícios, inclusive para que seus colaboradores se desenvolvam e sejam melhores remunerados? As leis trabalhistas protegem exageradamente os empregados, incentivando a "maquinização" das empresas. Neste aspecto podemos citar a lei que criou, em 2011, o aviso prévio de 90 dias, que beneficia somente o empregado em detrimento do empregador.

A título de ilustração cito alguns grandes empresários que contribuíram ou ainda contribuem de forma significativa para o bem-estar das pessoas: Steve Jobs, responsável pela revolução na área da informática; Thomas Edison, que registrou mais de 2 mil  inventos e destacou-se com o fonógrafo, câmera cinematográfica e o telefone, aparelho que aperfeiçoou; o jovem Mark Zuckerberg, criador do Facebook,  a rede social que permite o relacionamento das pessoas do mundo inteiro; Roberto Marinho, criador das Organizações Globo, geradora de milhares de empregos e reveladora de talentos; Antônio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, que possui mais de 60 mil empregados, entre tantos outros.

Grande parcela dos empregos gerados pelo governo nas mais diversas repartições é de alto custo e de duvidoso retorno para a população. A Grécia, exemplo mais badalado no momento e motivo de inúmeras piadas, fez isso e hoje se encontra à beira do abismo.

A função do governo, segundo Peter Drucker, é garantir a segurança, proporcionar a justiça e, basicamente, reger. Já às empresas cabem as funções de criar, inovar, abandonar e alcançar resultados mensuráveis, tarefas que vêm sendo realizadas pelos empresários com muita competência.

Gilmar Duarte da Silva é autor do Livro "Honorários Contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado".

sábado, 14 de julho de 2012

Não se gerencia o que não se pode medir


Resumo: Administrar uma empresa é tarefa que exige muita dedicação, destreza  e conhecimento, atribuições que demandam constante atualização para atingir resultados mensuráveis capazes de manter o empreendimento vivo e viável.

Tags: Atualização, inovar, empresário

Descrição:
É comum pessoas entrarem no mundo dos negócios sem muita ambição e aos poucos darem-se conta de que aquilo que parecia ser apenas uma pequena fonte de renda para o sustento da família tornou-se um empreendimento de maior vulto, transformando seu idealizador em um empresário.

Ao perceber que o negócio cresceu mais do que havia sonhado ou imaginado sem muito planejamento, o agora empresário se questiona: como fazer para gerir? A facilidade inicial decorrente do pequeno número de dados desapareceu, deixando em seu lugar muitas dúvidas para obter informações úteis à tomada de decisões.

Em outro extremo, empresários já bem sucedidos e com muitos anos de bagagem também pode se sentir desmotivados em face das grandes e velozes  mudanças impostas pelo mercado, sugerindo haver chegado o momento da aposentadoria.

Buscar conhecimento através de cursos e treinamentos é uma ferramenta indispensável, assim como assessorar-se de bons profissionais. Gerentes capacitados contribuirão significativamente para dividir o peso e as responsabilidades das atribuições de administrar, sempre em busca de meios mais eficazes e competitivos.

Peter Drucker, escritor, consultor e considerado o pai da administração moderna, afirmava que “não se gerencia o que não se pode medir”. Para tanto, as empresas precisam assumir determinadas posturas para alcançar resultados mensuráveis. São elas:
·        Criar novos produtos, serviços ou novas formas de gestão;
·        Inovar aquilo que necessita de um toque para atualizar-se com a nova proposta de mercado;
·        Abandonar ideias ou produtos que já apresentaram bons resultados, mas que no momento não têm mais aceitação.


Gilmar Duarte é autor do livro "Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”
15/07/12

sábado, 7 de julho de 2012

Chega de sofrer para precificar os serviços


Resumo: A dificuldade cotidiana para definir o preço justo do honorário dos serviços prestados infelizmente é uma constante no meio empresarial contábil, mas alguns estudiosos desenvolveram uma proposta que poderá ser o fim desse drama.

Tags: Honorário, preço, prestação de serviços, PC Contábil, tempo.

Descrição:
A área de prestação de serviços geralmente se inicia com um único profissional com habilidade, destreza e conhecimento do serviço para executá-los.

Com o passar do tempo esse profissional capacitado atrai mais e mais serviços, mas percebe que se torna difícil desempenhá-los sozinho. Então contrata o primeiro e depois o segundo auxiliar até ver-se com uma equipe. Pronto. Agora é um empresário.

No início era fácil definir o valor dos serviços, pois não havia muitos ingredientes para considerar. No entanto, depois da constituição da empresa o cenário mudou. Pois são diversos colaboradores com direitos trabalhistas e tantas outras obrigações como aluguel, energia elétrica, água, segurança, condomínio, consultoria tributária, software, etc.

O atendimento inicial aos poucos clientes fazia o dinheiro render e até sobrar, mas o crescimento da empresa fez o dinheiro escassear e o bom profissional que se tornou empresário não consegue compreender o que está acontecendo. Uma das hipóteses está no valor dos honorários praticados, provavelmente muito baixo. A saída encontrada por ele é aproximar-se de colegas/concorrentes para conhecer o preço praticados e, a partir disso, tentar melhorar o próprio honorário, mas sem critérios muito confiáveis.

Essa agonia se repete diariamente no Brasil inteiro nas mais diversas áreas de atuação profissional. Basta acessar os fóruns da sua área de serviços na internet para confirmar. Eu também passei por todo esse calvário e posso garantir o quão desolador é trabalhar desta forma.

A mudança ocorreu graças à iniciativa de um grupo de empresários contábeis insatisfeito com a situação. Esse grupo reuniu-se mais 50 vezes durante dois anos para debater a precificação dos serviços contábeis e encontrou uma proposta simples, apresentada no Encontro Estadual dos Empresários Contábeis do Paraná 2012 (Enescopar).

Definir o preço da hora vendida e controlar o tempo aplicado nas tarefas dos clientes é a solução, detalhada no livro "Honorários Contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado" e estruturada no software "PC Contábil". Apesar de todos os exemplos apresentados serem voltados à área contábil, a metodologia é perfeitamente passível de aplicação em outros segmentos da prestação de serviços.
Vale a pena conhecer para parar de sofrer.

Gilmar Duarte
08/07/2012

domingo, 1 de julho de 2012

Santo de casa faz milagre



Resumo: Os empresários buscam o auxílio do contador para executar inúmeras tarefas acessórias. O que deveria ser um ponto positivo, uma vez que permite a maximização da lucratividade, muitas vezes torna-se um problema para o profissional, que não cobra adequadamente pela prestação dos serviços.

Tags: valorização, especialista, cobrança, serviço, milagre.

Descrição:
A relação comercial entre o prestador e o tomador dos serviços deve ser bastante clara, preferencialmente em contrato assinado no que tange ao que se está vendendo e o valor que será cobrado. Na prestação de serviços contábeis deve ocorrer o mesmo. O contrato deve especificar detalhadamente quais serviços fazem parte do honorário preestabelecido.
Na eventualidade de serviços não combinados e muitas vezes indiretamente relacionados com a atividade administrativa, é ao contador que o empresário recorre para pedir auxílio. Isso é positivo para a classe contábil, pois demonstra a confiança que o cliente deposita nesse profissional. Esse crédito deve ser confirmado com a execução do serviço com qualidade.

É impossível ao contador possuir habilidades para fazer tudo - algo utópico para qualquer profissional -, mas sempre é razoável contribuir ouvindo o cliente e na impossibilidade de executá-los indicar um especialista.

Se o profissional da contabilidade está habilitado para prestar o serviço indiretamente relacionado com sua rotina, mas este deixou de figurar no rol dos trabalhos contratados e incluídos no honorário, é seu dever imediato informar o cliente do valor pela execução do mesmo.

Alguns clientes pensam que o contador deve fazer todas as tarefas que surjam, tais como cadastros para financiamentos, PPRA, LTCAT, revisão de cálculos de empréstimos bancários, instalação de software, licenciamento ambiental, seleção de funcionários, etc.

Há empresários contábeis preparados para ofertar e executar muitos dos serviços citados, além de outros tantos. O primeiro passo para resguardar a relação profissional X cliente é verificar se as tarefas fazem parte do contrato e se há necessidade de fazer cobrança acessória. Com receio de perder o cliente, alguns contadores prestam qualquer serviço sem cobrar por isso, decisão que contamina negativamente o mercado. Empresários contábeis que, pressionados pelo cliente, fazem tudo sem a devida cobrança acabam prestando serviços de baixa qualidade porque ficam sem receita suficiente para contratar auxiliares capazes. Por fim, o cliente ficará mais ainda insatisfeito.

Ninguém deveria fazer nada de graça. Até os milagres precisam de contrapartida, no caso muita oração e, às vezes, até promessas. Os santos só atendem os apelos dos crentes mediante essa troca. Os santos mais famosos são os especialistas. Santo Antônio é o casamenteiro, São Cristóvão é o protetor dos motoristas e São Francisco, dos animais. Embora especialistas, as santidades têm ampla área de atuação, mas em todas é preciso retribuir para conquistar as graças.

Os contadores, assim como os santos, já produzem além dos limites de suas especialidades, mas podem ofertar outros serviços desde que remunerados para tanto, sob pena de figurarem como santos genéricos sem grande reconhecimento.
Valorizar o seu trabalho é o caminho mais curto para alcançar o milagre de ser um empresário contábil de sucesso. Caso contrário, é possível que você passe a vida toda mendigando reconhecimento, e aí nem São Matheus, o protetor do contabilista, conseguirá te salvar.

Gilmar Duarte é empresário contábil e autor do livro “Honorários Contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”.
01/07/2012