domingo, 24 de junho de 2012

Entusiasmo e planejamento são alicerces de negócios de sucesso


Resumo: A oportunidade de constituir ou ingressar em uma empresa normalmente causa euforia e ansiedade para a concretização. Esta atitude poderá fazer pular algumas etapas que no futuro, as vezes bem próximo, gera grandes complicações.

Tags: viabilidade, planejamento, empresa, entusiasmo

Descrição:
Muitas empresas são constituídas diariamente por ­­diversos motivos. O desemprego pode ser um deles e acaba se tornando um incentivo importante para abrir o próprio negócio. Devido à falta de opção, pessoas desempregadas lançam-se no empreendedorismo em busca do sustento da família. Para tanto reúnem as economias e contraem dívidas – cálculos rápidos e afoitos as levam a acreditar que o novo negócio é prospero e capaz de retornar o capital investido em curto prazo, permitindo quitar as dívidas. E – vantagem das vantagens, ainda oferecendo postos de trabalho para o mercado tão carente.

Enfim, o novo negócio entra em operação e as dificuldades começam a surgir quase no mesmo instante, especialmente para os empreendedores de primeira viagem. Estes, movidos pelo entusiasmo e exagerado empenho, conseguem superar os momentos mais difíceis. Devido às inúmeras exigências do negócio, às vezes o empreendedor desvia-se das atividades de gestão e ocupa-se com afazeres operacionais. Aos controles internos de produção, vendas e finanças é destinada pequena ou nenhuma importância, tanto que a falta de informações pode tornar impossível chegar à origem de certos problemas. Em pouco tempo, o constrangimento de algumas empresas é tamanho que a única possibilidade é fechar as portas e tentar administrar o endividamento criado.

Para não cair na armadilha de perder as economias e contrair dívidas impagáveis faça um competente planejamento que inclua a análise de viabilidade, tarefa que poderá ser bem desenvolvida com o auxílio de um contador.

Depois de concretizada a ideia, ou seja, quando os investimentos começarem a ser feitos, novamente a orientação do profissional de contabilidade é fundamental para organizar todos os controles necessários, a fim de comparar o planejamento com o que está sendo executado.

A importância da presença do contabilista na vida financeira de qualquer empresa vai além do atendimento das exigências legais. Essa tarefa é necessária e importante, mas para que a empresa gere lucro, a prioridade dos acionistas, são necessários muitos outros controles, sobre os quais o profissional da contabilidade exerce total domínio.

Transforme o entusiasmo em combustível para fazer o negócio seguir adiante. Acrescente a ele o planejamento e o acompanhamento profissional de todos os números e sua empresa terá vida longa, certamente. Esta não é uma receita rápida de sucesso, apenas uma sugestão para potencializar a admirável capacidade empreendedora do brasileiro, graças à qual nossa nação vem obtendo destaque no plano internacional.

Gilmar Duarte é empresário contábil e autor do livro “Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”.
24/06/2012

domingo, 17 de junho de 2012

Participação sindical empresarial: problema ou solução?


Tags: associativismo, sindicato patronal, benefícios, união.

Resumo: O desembolso de valores de qualquer ordem sempre nos faz refletir se o retorno será significativo e/ou imediato. O mesmo ocorre com o empresário convidado a participar e contribuir com a associação de classe, embora muitos aceitem pagar somente mediante exigência legal.

Descrição: O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo em função da necessidade de pertencer a um ou mais grupos sociais, embora muita gente, pela comodidade, prefira trabalhar sozinha. Aos poucos essas pessoas aprendem a compartilhar suas ideias, pois observam que as tarefas desenvolvidas em grupo geram melhores resultados.

A origem do sindicato foi na Europa medieval – séculos V e XV – e essa palavra deriva do latim syndicus, proveniente do grego sundikós, que designava um advogado.

O campo de atuação do associativismo é amplo. Os sindicatos e as associações de classe têm por objetivo representar e buscar o bem comum de uma categoria, uma vez que as políticas coletivas definidas pelo grupo têm maior chance de serem alcançadas, proporcionando mais benefícios para todos. Basta que duas ou mais pessoas com um problema em comum decidam se unir para, mais fortes, enfrentá-lo. Quando as lutas são travadas individualmente, os resultados, se e quando atingidos, são pouco expressivos.

Seguem algumas das bandeiras levantadas pelos empresários nas reuniões sindicais:
* convenção coletiva de trabalho;
* oferta de treinamentos para associados e colaboradores;
* assistência jurídica, tecnológica, ambiental e de investimentos;
* convênios de saúde e compras com benefícios;
* reuniões setoriais de estudo e debates objetivando solucionar problemas coletivos;
* luta pela criação de normas legais.

Essas associações são formadas por indivíduos que se dispõem a doarem-se em prol da coletividade, ao invés de simplesmente reclamarem ou exigirem benefícios. Quanto maior a união maior será a força e a probabilidade de obter êxito. É como o jogo cabo de guerra, brincadeira bastante conhecida das crianças que opõe um número de pessoas de cada lado de uma corda. Se apenas um estiver desmotivado todo o grupo será prejudicado. Agora imagine o contrário, se apenas um ou dois jogadores estiverem motivados e dando tudo que podem. Será que vencerão?

O mesmo ocorre em algumas associações patronais, pouco prestigiadas pelos filiados. Muitas reuniões para tratar de assuntos importantes que definirão o futuro da classe contam com ínfima participação, para citar apenas um exemplo. Se, por um lado, a classe fica fragilizada, por outro ganham força as reclamações de que o grupo é desunido e que há dificuldades para conquistar melhorias.

Fortalecer a categoria participando ativamente dos eventos promovidos pela associação de classe é o primeiro passo para que os resultados positivos apareçam. Inclusive os financeiros.

Gilmar Duarte da Silva (autor do livro “Honorários Contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”). 17/06/2012

domingo, 10 de junho de 2012

Bons profissionais para bons clientes


Resumo: Em todas as atividades existem profissionais de variados níveis e é essa diferença que implicará no valor financeiro do serviço prestado. Assim como há diferentes níveis de profissionais, também há níveis diferenciados de clientes. Oferte o que possui de melhor e cobre o valor que julgar justo. Se o cliente sugerir um valor que você considera indigno, analise se ao aceitá-lo ofertará trabalho igualmente indigno.

Tags: honorário, serviço contábil, valor, preço, profissional, concorrência.

Descrição:
Vivemos numa colossal sociedade capitalista, que tem como principal objetivo - muitas vezes único - a conquista de lucros sob qualquer pretexto. Enganar o cliente repassando serviços destoantes do prometido pode gerar lucro imediato e encerrar a relação comercial ali mesmo, no primeiro trabalho. Para ser duradouro, o relacionamento cliente e fornecedor vai além de valores desprezíveis, caso contrário pode se tornar tão gélido quanto o ar polar.

Há empresários que, desconhecendo a importância, as responsabilidades, os riscos e a assessoria oferecida por um bom contador optam por fazer o orçamento do serviço contábil de suas empresas pelo telefone ou internet, e acabam selecionando aquele de menor preço, sem ao menos terem conhecido o profissional, as instalações físicas e referências do escritório, entre outros cuidados.

Alguns empresários reclamam da ineficiência do seu contador e preferem nem conversar com este profissional por considerá-lo desprovido de conhecimentos. Serão todos assim?

Os clientes que valorizam a assessoria de bons profissionais buscam empresas contábeis que possuam história, que sejam formadas por especialistas, estejam instaladas adequadamente e ofereçam referenciais. Um profissional com estas características tem um valor diferenciado, tanto no preço financeiro quanto na qualidade do trabalho. O custo benefício é altamente concreto.

Os colegas empresários contábeis por vezes ficam decepcionados com o mercado em virtude da concorrência desleal, que acaba sugerindo a inexistência de motivos para continuar na luta pela prestação de serviços contábeis com qualidade. Afirmo a esses colegas que há muitos clientes interessados em trabalhos de excelência, mas é preciso que os benefícios oferecidos sejam muito bem apresentados.

Invista em si mesmo. Delegue as funções rotineiras e torne-se um gestor, um empresário contábil, pois ao final os bons contadores vencerão e o preço será medido com a régua da aptidão, competência, habilidade e talento do profissional.


Gilmar Duarte (autor do livro "Honorários contábeis: uma solução baseada no estudo do tempo aplicado")

domingo, 3 de junho de 2012

Como planejar o endividamento com segurança?


Resumo: O endividamento é uma ferramenta saudável para o financiamento de projetos, mas cuidados devem ser tomados para que o remédio não seja utilizado em quantidades excessivas que poderá matar o paciente.

Tags: Endividamento, captação, crédito, fluxo de caixa, projeto.

Descrição:
O endividamento das empresas é, normalmente, uma ferramenta útil para investir em maquinários ou equipamentos que maximizem a produtividade, as vendas e gere expectativa de maior lucratividade do empreendimento.

As instituições financeiras, especialmente aquelas controladas pelos governos federal e estadual, em geral possuem disponibilidades com taxas razoáveis e prazo dilatado para emprestar àqueles que apresentam bons projetos a médio ou longo prazo.

Os empresários buscam esse dinheiro avidamente, mas nem sempre conseguem aprovação do cadastro ou do projeto devido à falta de um profissional qualificado para auxiliá-los. Em função disso muitas boas ideias ficam no papel e algumas empresas acabam fechando as portas.

A concessão de crédito possui outro lado, e é para este que chamo a atenção. Alguns empresários têm extrema facilidade para conseguir crédito e abusam dos recursos de terceiros na aquisição de máquinas e equipamentos, na abertura de novas lojas, na construção de novas indústrias ou da sede própria, no aumento do capital de giro, etc.

A captação dos recursos de terceiros está longe de ser ruim ou indesejada, mas é fundamental que seja equilibrada. Para tanto, a análise de cada novo pedido de recurso deve ser feita com profundidade. Entre os vários aspectos que esse estudo deve considerar, alguns são imprescindíveis:
*o lucro a ser gerado é maior do que os juros contratados?
*a carência do pagamento é suficiente?
*o lucro e o caixa gerados por esse novo investimento será suficiente para pagar as parcelas? (se for insuficiente, o que é mais comum no início, deve-se antecipadamente estudar de onde virão tais recursos)
*há mercado consumidor para a alta produção a ser gerada pelo investimento? A empresa conseguirá vender?

Solicite o auxílio de um profissional e faça o fluxo de caixa com margem de segurança, para que não aconteça como a Grécia que, mesmo recebendo 50% de desconto dos credores não possui capacidade de pagamento. Esta situação caótica trará consequências gravíssimas tanto para o país quanto para os demais tomadores de dinheiro que projetaram a contratação de dívidas sem muita habilidade. Em muitos casos a única solução é pedir concordata, medida que também é fonte de muitos transtornos, mas a tragédia é ser obrigado a decretar falência porque nem a concordata é possível.

Planeje o endividamento com segurança e boa sorte.

Gilmar Duarte (autor do livro “Honorários Contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”)