A
estupidez do Governo ainda silencia grande parte da população brasileira, que
aos poucos tem se manifestado nas praças públicas. É hora dos empresários e
contadores darem-se as mãos e “gritar”.
Hilário
Franco, contador, professor e autor de diversos livros na área da
contabilidade, resumiu que a finalidade da contabilidade é estudar e controlar
o patrimônio para fornecer informações sobre sua composição e variações, bem
como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
A
finalidade não é somente para as empresas privadas, mas também para as públicas
e mistas. A geração de informações autênticas depende da habilidade do
profissional e do interesse daqueles que detém o poder sobre os destinos da
empresa, que não deveriam influenciar negativamente.
O
Governo é o principal fiscal da contabilidade, especialmente quando se trata
das informações que impactam na geração e arrecadação dos tributos. Na
contramão estão os empresários que, em função da pesada carga tributária
imposta em nosso país e que cresce a cada ano que passa, exigem formas
criativas de redução.
Essa
rigorosidade do Governo deixa de existir quando se trata de processar a
contabilidade das empresas públicas e mistas, como foi o caso da Petrobras.
Para adulterar números e mostrar ao povo uma realidade fictícia, o Governo
exigiu que a Petrobras não retrate mais R$ 70 bilhões de variação cambial.
Ainda aumentou a distribuição de dividendos aos acionistas, dos quais o
principal é a União. Este artifício foi batizado pela imprensa de
“contabilidade criativa”.
No
intuito de contribuir com a transformação das demonstrações contábeis
transparentes, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) editou a Resolução
1.445/2013, que definiu regras claras para a denúncia, por parte do contador, de
operações suspeitas de “lavagem de dinheiro” dos clientes. A intenção é boa e
certamente irá valorizar a classe contábil, mas inicialmente não é assim que os
contadores estão interpretando.
São
regras duras para os empresários contábeis que têm, a cada ano que passa,
reduzidos os ganhos e agora deverão abrir mão de parte da sua carteira de
clientes ou correr o risco de perder o patrimônio pessoal.
Gilmar Duarte da Silva é
empresário contábil, palestrante e autor do livro "Honorários contábeis.
Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado".
Tags: contabilidade, sonegação, Resolução 1.445/2013
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