Há várias maneiras de definir o preço de um serviço ou
produto. Para seguir com a metodologia que será aqui explanada é fundamental
ter a certeza que o critério adotado para a precificação é confiável e lucratividade
justa. Fórmulas desconhecidas ou ausência de metodologia aprovada são
ineficazes para negociar de maneira coerente.
Critério confiável é aquele cujo método comprovado por estudos
permite aplicar todos os custos e forma adequada para ratear as despesas
fixas. A justa lucratividade deve ser pesquisada, pois pode ser diferente para
cada ramo de atividade. Sugiro, aos que ainda não fizeram, participar em cursos
de formação do preço de venda.
É sabido que boas compras se traduzem em melhor rentabilidade.
Certos clientes, mesmo tendo a precificação adequada, tentarão tirar o máximo
de desconto possível. Alguns destes utilizam técnicas de compras tão
inflexíveis que parecem preferir trocar de fornecedor se o preço proposto for
negado. Estas situações acabam de três maneiras: o cliente chora bastante e
paga o desejado; você o convence de que o preço cobrado pelo serviço ou produto
é justo; ou não acontece a negociação.
Não dê nada de graça a ninguém, pois esta atitude irá lhe
desvalorizar. Reflita:
- O pai que sempre dá ao filho tudo o que ele quer para poupá-lo do sofrimento e frustração terá essa atitude reconhecida no futuro?
- O funcionário que sempre foi ajudado pelo empregador com empréstimos elástico e sem juros e benefícios dos quais não foi merecedor irá reconhecer?
- Até que ponto é positivo para o Brasil e para as pessoas que recebem gratuitamente benefícios tais como Bolsa Família, Bolsa Escola e Seguro Desemprego?
- O cliente que solicita serviços acessórios tais como Decore, preenchimento de cadastros para financiamento e elaboração de contratos, entre outros, sem pagar por eles, será que se sente digno de um favor e fica agradecido ou simplesmente considera que o serviço faz parte do honorário mensal?
Cabe a você, após definido o preço, avaliar a possibilidade
de praticar um desconto ou ceder o serviço. Qualquer que seja a escolha
esclareça o motivo e exija algo em troca. Por exemplo, se a empresa presta
serviços de contabilidade verifique algo que o cliente não desempenha a
contento e cobre a melhor execução. Nos casos em que é inviável prestar o serviço
pelo preço sugerido pelo cliente aprenda a dizer que não é possível fazer. E não
faça.
Gilmar Duarte (01/04/2012)
Concordo fielmente que não é nada pertinente dar algo de graça; seja num prisma educativo e ou gestor. O ato de receber de maneira gratuita afirma que tudo o que é dado de graça não tem valor. O segredo é instigar o outro lado a valorizar cada concessão sua. Não dê nada, troque tudo. Por exemplo, se um cliente lhe pedir um desconto adicional no preço, solicite uma condição de pagamento mais favorável. Se ele pedir mais prazo, peça algo em
ResponderExcluirtroca. A palavra mais importante no vocabulário do negociador é a palavra “se”. Entende-se que tudo o que começa com “se” está no condicional e implica numa troca – Se você fizer isso, eu posso fazer aquilo. Ocorrendo o empenho de ambos os lados, o produto final tende de fato a ser favorável contudo ainda mais pertinente a todos.
É uma pura verdade, o Sus por exemplo é de graça e tem muita coisa boa depende muito das pessoas saberem usar e reivindicar os seus direitos.(ex. o Sus ele fornece medicamentos carrissimos de uso continuo, ele fornece cadeiras de rodas para quem é cadeirante, porém muitas pessoas não sabem,ou até não tem disposição para solicitar tal direito...)E assim vai, agora uma coisa é você fazer uma caridade(que fiquemos bem entendidos)outra é você ficar "criando cobras" por que tem pessoas que é só venha nós, o vosso reino nada !!!
ResponderExcluirExatamente!
ResponderExcluirFrutos da mentalidade capitalista, a qual gera a "necessidade" para brotar o consumo, porém todavia, não é interesse da classe dominante formar seres com censo crítico e analítico para analisar a real importância dos fatos, além da sua significância como tal!
Com isso, o valor da moeda passa a ser paga pelo preço da "conveniência"; onde busca-se o imediatismo sem entender o ciclo do amadurecimento do processo como todo. O homem está sendo criado para trabalhar em prol da banal idéia "o que é seu é nosso, mas o que é meu é meu!!" - ideal de quem domina.
É muito mais difícil pensar, planejar e criar alternativas pois o ser humano precisa sair da sua zona de conforto; ocasionando com isso a tendência ao imediatismo, a facilidade de muitas vezes pagar o preço sem saber de fato o real preço.
Precisamos, como cidadão sobretudo, deixar de agir com atitudes paliativas, como por exemplo a cota para ingresso no ensino superior. Se tivéssemos de fato uma base educacional devidamente estruturada desde a educação infantil, não precisaríamos tentar amenisar a falta de acesso ao ensino superior. Para desviar a atenção, gera-se outro problema! Mas, igualmente sem analisar os fatos, o problema volta a focar-se no prisma sócio-econômico.
Seja no cenário pessoal ou profissional, a questão volta-se a instigar a formação de seres pensantes, pensantes estratégicos, os quais agem de maneira conduzentes com os princípios morais e éticos de qualquer área e ou atuação! Buscando contudo, pagar de uma forma ou de outra, sempre de maneira coerente o denominado preço justo que é necessário na integra em prol do desenvolvimento completo.