Na
maioria das atividades econômicas existem atalhos que permitem definir o preço
de venda sem fazer muitas contas. Multiplicar o custo por dois, utilizar um
valor de referencia etc. Até onde isto é salutar?
Desenvolver
atalhos para executar tarefas de forma mais rápida sempre foi um alvo perseguido
por todos, mas nem sempre é a melhor alternativa nas diferentes atividades. Antes
de criar um atalho é necessário primeiramente conhecer o funcionamento completo
da rotina.
O
famoso “Ctrl e Ctrl V” é uma função utilizada por milhões de pessoas no mundo
todo, mas isto é fácil de ser compreendido por quem domina a linguagem da
telinha dos computadores. As pessoas fora deste mundo desconhecem os motivos
deste atalho.
Na
precificação dos serviços ou produtos não é diferente. Vejamos alguns atalhos
aplicados pelas diversas profissões:
- Pedreiro
(mestre de obra): Define o preço com base no metro quadrado da construção.
Se a lajota for deitada o valor é um pouco maior;
- Advogado:
Se for uma ação trabalhista pratica-se um salário mínimo por ato. Nas
ações que envolvem a recuperação de tributos geralmente cobra-se 20% a 30%
do benefício conquistado.
- Engenheiro:
Para fazer projetos o valor é com base na metragem quadrada da área a ser
construída. Nem sempre sabem como e nem quem chegou à conclusão do valor
praticado por metro quadrado.
- Eletricista:
Um determinado valor por número de pontos de energia, telefone e internet.
- Copiadora:
Valor por cópia, independente da quantidade de tinta a ser consumida. Quando
a cópia é colorida o valor é maior.
- Salão de
beleza: O preço do corte do cabelo masculino é basicamente um só,
independente da quantidade de cabelo e do tempo gasto. Os cortes
femininos, tintura e escovação têm preços que basicamente acompanham a
concorrência.
- Imobiliária:
Para administrar o recebimento das locações de imóveis de terceiros
pratica-se geralmente 10% do valor do aluguel.
- Contador:
De acordo com o número de funcionários, volume de notas fiscais, regime
tributário e o valor do faturamento, alguns precificam com base em tabelas
propostas por sindicatos.
Muitos outros exemplos poderiam ser
citados para ilustrar os métodos estabelecidos para precificar os serviços.
Nossa intenção aqui não é criticar ou desvalorizar este ou aquele método, mas propor
reflexão sobre a eficácia. Sabemos que o consumidor deseja o valor que lhe
permita fazer comparações com os demais fornecedores.
Objetivamos demonstrar que antes de
aderir a uma forma, aparentemente mágica, de calcular o preço é necessário
fazer contas que permitam saber se há lucratividade. Estas contas devem ser
revistas periodicamente.
Tags: precificar, atalho, contador, honorário, lucro.
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