O
índice de mortalidade das empresas, clientes das organizações contábeis, ainda
é altíssimo, o que é muito ruim para ambos. Conhecendo as estatísticas, o contador
terá melhores condições de assessorar seu cliente e tê-lo por mais tempo em sua
carteira.
A
mortalidade precoce das empresas sempre foi objeto de estudos no mundo inteiro.
O Brasil, especialmente por meio do Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), tem desenvolvido estudos para
compreender o fenômeno e capacitar os empresários a fim de aumentar a vida das empresas,
consequentemente evitando o desperdício de tanto investimento.
No
final do século XX as manchetes sobre mortalidade das empresas apontavam
números surpreendentes. “97% das empresas encerram suas atividade nos primeiros
cinco anos” (Revista Veja 31/03/1999); “58% das empresas fecham as portas
prematuramente” (Folha do CRC/PR – junho/2013). Em julho de 2013 o Sebrae
publicou novo resultado da pesquisa “Sobrevivências das Empresas no Brasil –
Coleção Estudos de Pesquisa”, efetuada com base nos dados da Receita Federal. O
trabalho comparou a sobrevivência das empresas constituídas entre os anos de 2005
a 2007 e indicou números bastante melhores, mas infelizmente a média da
mortalidade de empresas com apenas dois anos de vida ainda é de 24,4%.
Vejam
alguns números extraídos da pesquisa acima citada, ou seja, de empresas que
sobreviveram a dois anos da sua constituição:
Constituição Sobrevivência
2005 73,6%
2006 75,1%
2007 75,6%
A
análise por setor demonstra que as empresas de serviços são as que morrem mais
cedo:
Setor Sobrevivência
Indústria 79,9%
Comércio com 77,7%
Construção com 72,5%
Serviços com 72,2%
A
região Sudeste tem a maior taxa de sobrevivência:
Região Sobrevivência
Sudeste 78,2%
Sul 75,3%
Centro-oeste 74,0%
Nordeste 71,3%
Norte 68,9%
De
acordo com a classificação do Sebrae “Atividades jurídicas, de contabilidade e
de auditoria”, a taxa de sobrevivência das empresas de contabilidade constituídas
em 2007 (5.073) foi de 77%.
A
Pesquisa Nacional das Empresas Contábeis (PNEC), que teve início no segundo
semestre de 2013 e será finalizada em março de 2014, apurou que a média de vida
das quase 200 empresas que responderam ao questionário é de 13,7 anos. 20% delas
tem mais de 30 anos.
Na
avaliação de Luiz Barretto, presidente do Sebrae, o resultado recorde se deve a
três fatores: legislação favorável, aumento da escolaridade dos empreendedores
e mercado fortalecido, principalmente devido ao aumento de renda da população
brasileira.
As
empresas de contabilidade têm sido fortes aliadas do governo para garantir
maior sobrevivência das empresas no Brasil. Portanto, quanto melhor preparada
estiver a empresa contábil, mais condição terá de assessorar seus clientes e
garantir que estes permaneçam em sua carteira por muitos anos ainda.
A
PNEC já conta com a participação de empresas de 24 Estados e agora convoco os
empresários contábeis que ainda não participaram para se juntar e fortalecer
esta pesquisa. Aos que já contribuíram peço que a indiquem aos colegas. Acesse
o link goo.gl/o5A2Ro (cole em seu
navegador da Internet).
Tags: PNEC, pesquisa, contador, empresa, mortalidade, sobrevivência, Sebrae
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