domingo, 3 de março de 2013

O valor do tempo na vida pessoal e profissional


A vida terrena é limitada pelo tempo, nem sempre usado de maneira adequada para atingir os objetivos traçados.  Empresas que não valorizam o controle do tempo são fortes candidatas a compor as estatísticas de mortalidade precoce.

De acordo com pesquisas divulgadas pelo IBGE em novembro de 2012, a expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos e 29 dias. A brasileira vive um pouco mais, 77,7 anos. Os jovens dirão que é muito tempo, mas os mais maduros certamente afirmam que 74 anos é apenas um sopro, pois o tempo passa rapidamente.

A pessoa que gosta muito de trabalhar e inicia a vida profissional aos 16 anos, parando somente aos 70, dedicando 10 horas diárias durante seis dias da semana e descansando 30 dias anuais às merecidas férias trabalhará aproximadamente 160 mil horas.  Já aqueles que se aposentam com 35 anos de trabalho, depois de dedicarem 44 horas por semana e considerando algumas faltas por diversos motivos terão trabalhado 67 mil horas.

O empresário contábil certamente está na categoria que consome no trabalho cerca de 160 mil horas de sua vida, tempo que não é tão longo para uma vida inteira. Percebemos claramente que o TEMPO é finito e tudo o que desejamos fazer depende dele.
Daí surge a preocupação: será que estou aproveitando o tempo de forma eficiente?

De acordo com informações publicadas pelo Sebrae em 2011, 440 mil empresas são constituídas anualmente. No primeiro ano 27% encerram as atividades e após 3 anos sobrevivem apenas 52%. Quanto tempo e dinheiro são desperdiçados? A falta de controle do tempo nas empresas pode causar perdas consideráveis, incluindo a impossibilidade de executar todas as tarefas necessárias e exigidas pelos clientes.

Segundo a legislação trabalhista, um colaborador trabalha em média 220 horas mensais, mas é só deduzir o descanso semanal remunerado para verificar que esse número não passa de 190. Continue a conta e deduza férias, feriados, faltas abonadas, treinamentos, reuniões, lanches etc. e constate que o colaborador não trabalha mais do que 150 horas por mês. Quantas dessas horas estarão disponíveis para a venda aos clientes? Conheço empresas que possuem um rigoroso controle e a apuração dessas horas não passa de 120/mês. Se o tempo é tão importante, por qual motivo um empresário deixa de fazer o acompanhamento?

“A falta de tempo é a desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos”, já disse Albert Einstein. A Comissão de Precificação dos Serviços Contábeis (Copsec) do Sescap/PR desenvolveu a metodologia para a precificação dos serviços de contabilidade com base no tempo e disponibilizou, por um valor irrisório, a ferramenta “PC Contábil”. Hoje o empresário contábil não pode reclamar da falta de métodos para iniciar um trabalho que valorize o seu tempo e dos seus colaboradores.

Gilmar Duarte da Silva é empresário contábil, palestrante e autor do livro “Honorários contábeis. Uma solução baseada no estudo do tempo aplicado”.

Tags: mortalidade, vida, tempo, horas trabalhada.

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