Resumo: A compra de matéria-prima para fabricar produtos ou mercadorias
é feita sob rigoroso controle do estoque, tarefa normalmente auxiliada por um sistema.
Se a matéria-prima das empresas prestadoras de serviços, quase sempre muito
cara, é a mão de obra dos colaboradores, por que nesta também não se aplica um
rígido controle para evitar o desperdício?
Tags: tempo, mão de obra, controle,
Descrição:
Tenho proferido muitas palestras para empresários contábeis e alunos
de contabilidade e administração com o objetivo de divulgar a metodologia de
precificação da hora trabalhada com base no tempo aplicado nas tarefas. Observo
que tudo vai muito bem até que se fale na marcação do tempo. Parece que anotar algumas
informações relativas ao tempo é algo muito complexo.
O tempo é finito, ou seja, vai terminar para cada um de nós, e é um dos
bens mais preciosos da nossa vida. Se isto é verdade, por que temos tanta
resistência no controle para utilizá-lo da melhor forma possível?
Fazer a contabilidade de qualquer empresa demanda apenas cinco
informações: data, conta débito, conta crédito, valor e histórico. Com estas
informações são gerados muitos relatórios para a análise do desempenho, como o
Balanço Patrimonial, DRE, DOAR, DFC, Mutações do Patrimônio Líquido, razão e
outras mais. Considero impressionante o que a contabilidade pode gerar com estas
pouquíssimas, mas valiosas, informações.
O mesmo acontece com o controle do tempo. Calculá-lo depende de apenas
seis informações: cliente, colaborador, serviço, data, hora inicial e hora
final. Com base nestas anotações que cada colaborador faz diariamente é
possível conhecer, num determinado período, o tempo aplicado por colaborador em
cada cliente, o tempo mensal necessário para executar as tarefas de cada
cliente, como cada colaborador aplicou o seu tempo, quais tarefas tomam mais
tempo da sua equipe e qual o lucro líquido gerado por cada cliente, entre
outras análises.
Para precificar o tempo apure todos os custos diretos fixos e
variáveis, gastos fixos indiretos e determine o lucro líquido desejado. Em
seguida multiplique o valor da hora pelo tempo necessário para executar o
serviço e encontrará o valor do serviço.
Por que muitos acreditam ser difícil marcar o tempo? Tenho certeza
absoluta de que a dificuldade decorre do desconhecimento, da ausência de
tentativa ou de um possível erro que marcou a experiência inicial, o que
impediu que os grandes benefícios gerados por este pequeno trabalho aparecessem.
Sem o controle o tempo, que é o bem mais precioso que você e os seus
colaboradores possuem, pode se esgotar mais rápido do que se imagina, sem
sequer ter sido valorizado adequadamente.
Gilmar Duarte da Silva é
empresário contábil, autor do livro “Honorários Contábeis. Uma solução baseada
no estudo do tempo aplicado” e palestrante.
09/09/2012
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