Resumo: 12 de janeiro é o Dia do Empresário Contábil. A data
comemorativa foi instituída no ano passado pela lei 12.387. Isto mesmo, 2011. É
muito recente. Mas, afinal de contas, o que significa ser um empresário
contábil? Basta ser contador ou contabilista?
Tags: empresário contábil, sindicato, união, valorização.
Descrição:
Empresário é toda pessoa que estabelece uma entidade para
ofertar produtos ou serviços. No entanto, o simples exercício de uma atividade
econômica não faz de ninguém um bom empreendedor.
Geralmente o profissional da contabilidade inicia suas
atividades e aprende o oficio trabalhando de colaborador de um empresário. Com
o passar do tempo, o profissional vai ganhando autoconfiança e se sentindo
seguro para executar todos os serviços do meio contábil, momento em que resolve
começar o seu próprio negócio. E assim surge mais um empreendedor no mercado.
O novo empresário contábil ocupa-se com todas as tarefas para
prestar o melhor serviço possível ao cliente. Faz a contabilidade, a escrituração
fiscal, a folha de pagamento e todas as obrigações acessórias. Quando o serviço
vai se acumulando o competente profissional decide contratar ajudantes, mas
continua sendo o melhor cumpridor das tarefas rotineiras e muitas vezes se gaba
desta façanha.
Imagine se, por exemplo, é possível ao empresário do ramo da
indústria do vestuário se ocupar em fazer a modelagem, cortar o tecido,
costurar e ainda auxiliar no acabamento do produto. Ele terá condições de fazer
tudo isto e ainda bem administrar a empresa? Ele terá qualidade de vida?
Ao pesquisar diversos autores podemos resumir como as
principais características do perfil de um empreendedor: autoconfiança,
automotivação, criatividade, flexibilidade, energia, iniciativa, perseverança,
resistência à frustração e disposição para assumir riscos. Perceba que a
ocupação com tarefas rotineiras, ou seja, “colocar a mão na massa” não faz
parte da lista.
O empresário contábil deve pensar, planejar e administrar o
seu negócio. Atualmente vivemos grandes mudanças no meio contábil com o advindo
dos SPEDs, do IFRS e das constantes obrigações que o governo cria ou que os
clientes exigem. A classe precisa unir-se mais ainda para decidir como
enfrentar os novos problemas, pois a falta de pensamento coletivo faz brotar a insegurança
e pode comprometer a precificação dos serviços. “Ninguém está cobrando por
determinado serviço – logo, se eu cobrar, posso perder o cliente. Melhor fazer
de graça”. Pronto. A armadilha está ativada. Este empresário contábil que pensa
e age desta forma trabalhará mais e receberá bem menos do que deveria. É assim
que queremos continuar?
A pressão exercida por alguns clientes tem sido cada vez
maior. Muitos exigem um nível acima do excelente na prestação do serviço, mas
se ofendem quando informados do custo, irritam-se e ameaçam buscar um profissional
menos ganancioso. Se isto também
ocorre com você saiba que seu desconforto se repete em muitas empresas de
contabilidade.
Mudar este cenário e valorizar o desempenho profissional do
empresário contábil depende de nós mesmos, e a forma mais natural de provocar a
mudança é buscando a união. Os sindicatos da classe contábil nunca estiveram
tão atuantes como hoje, então engaje-se para conhecer melhor como é possível trabalhar
com rentabilidade digna. Quanto mais empresários fizerem parte do grupo, maiores
serão as conquistas, a força e a valorização da categoria.
Gilmar Duarte da Silva é empresário contábil e autor do livro
“Honorários contábeis. Uma metodologia baseada no estudo do tempo aplicado”.
12/08/2012
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